Riad (EFE).- O Brasil “está aumentando sua produção de gás e petróleo” para exportação, ao mesmo tempo que procura “reduzir” seu próprio consumo, “promover os biocombustíveis e aumentar a utilização de energias renováveis”, afirmou nesta segunda-feira o secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes.
Em uma sessão da reunião especial do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), que se encerra hoje em Riad, capital da Arábia Saudita, Mendes, que também preside o Conselho de istração da Petrobras, apontou o carvão como “o verdadeiro inimigo” do meio ambiente.
“Em outros países, cada barril de petróleo produz 20 quilos de C02”, explicou, enquanto o petróleo bruto brasileiro “emite apenas 5 quilos em média”, e anunciou outras medidas propostas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como aumentando os percentuais de etanol nos combustíveis, para “reduzir suas emissões”.
O Brasil, que ocupa a presidência rotativa do grupo G20 e sediará a conferência climática COP30 em 2025, está comprometido com a “cooperação entre os países do sul global”, estratégia que inclui, entre outras, a adesão à extensão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+).
“Devemos reconhecer que cada país tem diferentes soluções (para combater as mudanças climáticas) dependendo da região”, disse Mendes, e instou os Estados Unidos e a União Europeia a reduzirem suas exigências.
“Não se pode simplesmente proibir os motores de combustão”, disse, acrescentando que o Brasil está empenhado em promover combustíveis reutilizáveis durante a transição energética, um período em que “todas as soluções possíveis devem ser levadas em conta”.
A crise climática e o combate à desflorestação têm sido peças-chave do governo Lula, que no mês ado aprovou, durante a visita de Estado do presidente francês, Emmanuel Macron, o investimento de 1 bilhão de euros (cerca de R$ 5,4 bilhões) nos próximos quatro anos para financiar projetos de desenvolvimento sustentável que ajudem a reduzir as emissões poluentes e a preservar a floresta amazônica. EFE