São Paulo (EFE) – A América Latina enfrenta a encruzilhada de acelerar a transição energética e combater o desmatamento descontrolado, ao mesmo tempo em que lida com os impactos econômicos da crise climática.
Esses desafios serão o foco do debate no II Fórum Latino-Americano de Economia Verde, que reunirá especialistas e líderes em São Paulo a partir de terça-feira para discutir políticas inovadoras, a urgência de reduzir as emissões de carbono e as oportunidades de investimento sustentável que podem transformar as perspectivas econômicas da região.
O presidente da Agência EFE, Miguel Ángel Oliver, inaugurará a reunião de dois dias, que tem como objetivo “promover o diálogo para impulsionar o desenvolvimento da economia ambiental na região e a formação de alianças e sinergias” e que “pretende ser um veículo de informações verdadeiras que ajudarão a aumentar a conscientização para combater o alerta climático com ações reais”.
“A EFE quer conectar os principais agentes de mudança: líderes governamentais, acadêmicos, empresários, especialistas e representantes da sociedade civil, porque precisamos disso. O planeta precisa ser ouvido e atendido, ele está clamando por isso na forma como se manifesta: por meio de desastres naturais”, disse Oliver.
O fórum realizou sua primeira edição em 2023 e está maior este ano com dois dias de discussões, discursos de autoridades e seis paineis de debates temáticos.
O primeiro dia, que começa às 14h30 de terça-feira, contará com a participação do ministro da Agricultura do Chile, Esteban Valenzuela, que falará sobre os esforços que seu país está fazendo para promover a produção agrícola sustentável do ponto de vista ambiental, social e econômico.
As discussões desse primeiro dia terão como foco o desenvolvimento sustentável nas cidades amazônicas e a gestão dos recursos hídricos.
Esse tema será abordado em um que contará com a participação em vídeo do vice-diretor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e representante para a América Latina e o Caribe, Mario Lubetkin, que falará sobre a importância da proteção dos recursos hídricos como estratégia para garantir a produção de alimentos.
Na quarta-feira, a partir das 9h, haverá mais discussões sobre os desafios da transição energética, seguidas de um debate sobre medidas para melhorar a resistência das populações vulneráveis à mudança climática.
Outros tópicos para discussão incluem o financiamento público-privado de projetos sustentáveis, o gerenciamento de resíduos e a criação de empregos verdes.
Haverá também uma intervenção de Jaime Verruck, secretário de Estado do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul, estado que abriga parte do Pantanal, a maior região úmida do mundo, mas que está em risco devido aos incêndios que estão afetando severamente o centro da América do Sul.
Entre os participantes dos debates estão representantes de instituições como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Governos Locais pela Sustentabilidade (Iclei), assim como a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), empresas e organizações da sociedade civil.
Todas as intervenções e debates acontecerão no Teatro Vivo, em São Paulo, estarão disponíveis ao vivo nas redes sociais da EFE e terão ampla cobertura da agência.
“Como a principal agência de notícias em espanhol do mundo, a EFE está promovendo este debate em português e espanhol, nossas línguas irmãs, no espaço iberófono, para conseguir a implementação de iniciativas sustentáveis que gerem energia limpa para ajudar a erradicar a pobreza e melhorar a vida das pessoas e cuidar do planeta”, disse o presidente da EFE.
O fórum é patrocinado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), e pela Norte Energia, operadora de Belo Monte, a quinta maior usina hidrelétrica do mundo, além de contar com o apoio da Vivo e da Câmara Espanhola de Comércio no Brasil. EFE