Madri (EFE).- O rei e a rainha da Espanha entregarão no próximo dia 18 de junho os Prêmios Rei da Espanha de Jornalismo Internacional, que neste ano reconheceram trabalhos focados na luta pela liberdade de imprensa na Nicarágua e na Venezuela, no valor do jornalismo transfronteiriço e em grupos vulneráveis no Brasil, entre outros.
Os prêmios, organizados pela Agência EFE e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), serão entregues em uma cerimônia presidida pelo rei Felipe VI e pela rainha Letizia na Casa de América, em Madri.
Esta é a segunda vez que estes prémios são presididos por Felipe VI e Letizia, após a convocatória de 2014, que foi realizada em 2015, uma vez que o monarca os entregou sozinho nas edições anteriores.
Nessa edição, a delegação da Agência EFE em Valência (Espanha) receberá das mãos do rei e da rainha o Prêmio EFE pelo jornalismo dedicado e de serviço público realizado por sua equipe na cobertura de uma tempestade que ocorreu em 29 de outubro do ano ado e causou a maior tragédia da história recente na região espanhola da Comunidade Valenciana.
Na categoria Veículos de Comunicação da Ibero-américa, o prêmio será entregue ao “La Prensa” (Nicarágua), representado por Juan Lorenzo Holmann Chamorro, que teve sua cidadania nicaraguense cassada pelo governo de Daniel Ortega. Com 99 anos, é o meio de comunicação mais antigo da Nicarágua.
O Prêmio de Jornalismo Narrativo foi para “Dorada Opacidad: los mecanismos oscuros del tráfico masivo del oro en Sudamérica”, elaborado por uma equipe coordenada pela jornalista peruana Milagros Salazar.
Trata-se de uma investigação transfronteiriça que expõe os mecanismos obscuros do tráfico massivo de ouro na América do Sul e seu impacto nos ecossistemas e comunidades indígenas.
Na categoria Cooperação Internacional e Ação Humanitária, o prêmio será concedido à obra venezuelana “Operación Retuit”, que envolveu 14 veículos de comunicação e dezenas de profissionais da aliança Venezuela Vota e #LaHoradeVenezuela, articulado pela plataforma jornalística CONNECTAS, dirigida pelo colombiano Carlos Eduardo Huertas.
Por sua vez, o vencedor na categoria Jornalismo Ambiental foi “Veneno en el grifo: ruta por la España sin derecho al agua potable”, produzido pela DATADISTA e publicado por elDiario.es (Espanha), um documentário interativo sobre mais de 1 milhão de pessoas que vivem em pontos críticos de poluição da água.
Já na categoria Jornalismo Cultural o vencedor foi “Mama Antula, la historia del milagro argentino. Paso a paso, cómo fue la vida de la santa argentina que sorprendió a Occidente”, publicado pelo jornal “La Nación”, da Argentina.
Em fotografia, o prêmio ficará com “Os Desabrigados da Humanidade”, de Fábio Alarico Teixeira (Brasil), publicado pela Plataforma 9, uma iniciativa pública que usa a narração de histórias para promover mudanças construtivas na sociedade.
Os prêmios, patrocinados pela Iryo, foram concedidos por um júri liderado pelo presidente da EFE, Miguel Ángel Oliver, e Antón Leis, diretor da AECID, juntamente com outros seis jornalistas de meios de comunicação e instituições de Portugal, Panamá, Argentina, México e Espanha. EFE