Éder Militão, do Real Madrid. EFE/Arquvo/Enric Fontcuberta

Em depoimento, Militão diz que se sentiu ofendido por insultos racistas em Valência

Valência (EFE).- O zagueiro brasileiro Éder Militão, do Real Madrid, declarou nesta quinta-feira que foi vítima de possíveis insultos racistas no estádio do Valencia, afirmando que foi alvo e que se sentiu ofendido, mas os relacionou a algumas pessoas e não a todo o estádio de Mestalla, segundo fontes da Agência EFE familiarizadas com seu depoimento.

A partida na qual ocorreram os insultos entre Valencia e Real no dia 21 de maio do ano ado, no Mestalla, que foi interrompida após o também jogador brasileiro Vinícius Júnior ter reclamado com o árbitro que havia sido alvo de insultos racistas por parte de alguns torcedores. Na ocasião, o atacante identificou pelo menos um deles para a polícia.

Após o reinício da partida e sua expulsão, ele saiu de campo com a torcida gritando “tonto, tonto” (burro, burro), que seu técnico Carlo Ancelotti confundiu na sala de imprensa com “mono, mono” (macaco, macaco), levando-o a afirmar que o estádio tinha ficado louco, declaração que ele retificou dias depois, mas que teve repercussão significativa.

La Liga apresentou uma queixa no mesmo dia pelos insultos a Vinicius Jr., como já havia feito em outros casos, e o Valencia, ao verificar as câmeras de segurança, identificou outras duas pessoas como supostas autoras dos insultos, anunciando sua expulsão vitalícia do Mestalla.

Em julho, La Liga estendeu a denúncia de insultos racistas aos recebidos também por Militão, que nesta quinta-feira prestou depoimento por videoconferência sobre o caso. EFE