EFE/ATEF SAFADI

Bombardeios israelenses deixam mais de 200 mortos antes de trégua, afirma governo de Gaza

Jerusalém (EFE).- Os bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza deixaram pelo menos 200 mortos nas últimas 24 horas, disse hoje o gabinete de comunicação do governo local, controlado pelo Hamas, enquanto os ataques não parecem diminuir de intensidade apesar da trégua temporária prevista para ser adotada amanhã.

“Houve mais de 200 mortes em 24 horas” devido a ataques israelenses, afirmou o gabinete em um breve comunicado, enquanto os meios de comunicação de Gaza falam de dezenas de mortes causadas por bombardeios em diferentes partes do enclave costeiro, no 47º dia de guerra entre Israel e milícias palestinas em Gaza.

Segundo a agência de notícias oficial palestina “Wafa”, foram registrados intensos bombardeios que mataram mais de 80 pessoas, a maioria mulheres e crianças, até o momento nesta quarta-feira, quando “dezenas de casas, edifícios, apartamentos residenciais e propriedades públicas e privadas foram destruídos” em vários locais do enclave.

Aviões de combate israelenses “bombardearam casas habitadas no centro da Faixa de Gaza depois da meia-noite, causando 41 mortes e dezenas de feridos, e ainda há pessoas desaparecidas sob os escombros”, afirmou a “Wafa”.

De acordo com a agência, equipes de emergência médica e de resgate civil também retiraram mais de 30 corpos das ruas após outro ataque no bairro de Shujaiya, na Cidade de Gaza, que afetou dez casas, enquanto pelo menos dez pessoas morreram após um bombardeio no bairro de Sheikh Radwan, também localizado na capital, onde as tropas israelenses avançam para assumir totalmente o controle.

Anteriormente, a “Wafa” relatou que um pesado bombardeio israelense na cidade de Jabalia, no norte, deixou dezenas de mortos.

Segundo as autoridades de Gaza, tudo isto ocorre em um momento em que as tropas israelenses cercam o Hospital Indonésio, no norte da Faixa, pelo terceiro dia consecutivo, onde uma dúzia de pessoas foram mortas por bombardeios na área há dois dias.

Agora, segundo o pessoal médico do centro, o Exército de Israel exige mais uma vez a sua evacuação, embora por enquanto só tenha sido possível retirar cerca de 320 feridos enviados para o sul.

Israel tem cercado hospitais na Faixa de Gaza nas últimas semanas, alegando que o Hamas está escondendo parte da sua rede de túneis subterrâneos e infraestrutura militar nesses locais. EFE