Jerusalém (EFE).- Os bombardeios do Exército de Israel deixaram ao menos 88 pessoas mortas e 135 feridas na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo grupo islâmico Hamas.
Isso eleva o número total de vítimas no enclave desde o início da guerra, em 7 de outubro, para 31.272 mortos – 72% deles mulheres e crianças – e 73.024 feridos, além de cerca de 8.000 corpos ainda presos sob escombros, de acordo com a contagem da pasta.
A agência de notícias palestina “Wafa” denuncia que, no 159º dia de guerra, os hospitais da Faixa de Gaza ainda estão sob ataques israelenses, como o que ocorreu na manhã desta quarta-feira no centro hospitalar Al Quds, na Cidade de Gaza, onde até quatro projéteis atingiram as proximidades, deixando cinco pessoas mortas, incluindo menores de idade, e ferindo vários civis.
A imprensa palestina também informou que outros ataques israelenses no bairro de Tal Al-Hawa, na Cidade de Gaza, também mataram cinco palestinos, incluindo crianças.
Os ataques das forças israelenses mataram mais de 13.500 crianças entre 7 de outubro e fevereiro deste ano, de acordo com a última atualização do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
“O número de crianças mortas nos últimos quatro meses em Gaza excede o número de crianças mortas nos últimos quatro anos em guerras em outras partes do mundo”, lamentou na terça-feira o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), Philippe Lazzarini.
O Exército israelense, por sua vez, afirma que suas operações militares no centro e no sul da Faixa de Gaza estão “limpando” o enclave palestino de “infraestrutura e células terroristas”.
“Nas últimas 24 horas, em um ataque coordenado com nossas tropas e aeronaves, eliminamos uma célula terrorista composta por sete terroristas em Khan Younis”, informou o Exército em comunicado.
Além disso, as tropas israelenses disseram que também conseguiram eliminar outro suposto “terrorista” responsável pelo lançamento de vários ataques com foguetes contra Israel, tanto agora quanto em 7 de outubro, o dia do massacre do Hamas. EFE