Jerusalém (EFE).- Pelo menos 60 pessoas morreram nas últimas horas na Faixa de Gaza, aumentando o total de mortos para 34.904, embora milhares de corpos ainda estejam desaparecidos ou não tenham chegado aos hospitais, após mais uma noite de bombardeios tanto na cidade de Rafah como no norte do enclave, com uma ofensiva terrestre no bairro de Zeitun.
“A ocupação israelense cometeu quatro massacres contra famílias na Faixa de Gaza, deixando 60 mortos e 110 feridos durante as últimas 24 horas”, informou nesta quinta-feira o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, que aumentou o número de feridos para 78.514 desde o início da guerra, em 7 de outubro do ano ado.
Em Rafah, onde as forças militares israelenses tomaram há dois dias as áreas de agem com o Egito e com Israel, bem como outros 30 quilômetros quadrados de onde a população foi ordenada a evacuar no dia anterior, pelo menos oito pessoas morreram, incluindo três crianças, no bombardeio de uma casa a oeste da cidade, segundo fontes médicas.
Aviões israelenses atacaram novamente as áreas ao redor da fronteira de Rafah, que permanece fechada, disparando projéteis contra os bairros orientais de Al Shuweika e Al Jeneina, enquanto a força naval também usou metralhadoras contra as áreas ocidentais da cidade, segundo detalhou a agência de notícias palestina “Wafa”.
No norte de Gaza, no bairro de Zeitun, pelo menos dez casas foram bombardeadas perto da mesquita de Hassan Al Banna e da Universidade de Gaza, o que, segundo a “Wafa”, provocou o deslocamento de milhares de pessoas que se refugiavam em escolas.
“Dezenas de pessoas morreram em consequência do bombardeio de aviões de guerra da ocupação contra casas no bairro de Zeitun, a leste da Cidade de Gaza, enquanto outras ficaram feridas”, relataram hoje fontes médicas citadas pela agência de notícias palestina.
Por sua vez, o Exército israelense confirmou hoje que bombardeou, “com base em informações de inteligência”, cerca de 25 alvos no bairro de Zeitun, incluindo estruturas militares, túneis, postos de observação e de franco-atiradores.
Além disso, afirmou que tropas terrestres ainda estão presentes no norte do enclave, evacuado no final de fevereiro – segundo o que o Exército disse então – para realizar “ataques aéreos seletivos” contra milicianos do Hamas, mas onde as forças islâmicas poderiam agora se reagrupar. EFE