O campo de refugiados de Jenin nesta terça-feira. EFE/ALAA BADARNEH

Ataque israelense em Jenin deixa ao menos 7 palestinos mortos e 12 feridos

Jerusalém (EFE).- Sete palestinos morreram nesta terça-feira em confrontos durante ataque do Exército de Israel no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia, um dos redutos do movimento de milícias palestinas.

Além disso, ao menos 12 palestinos ficaram feridos, dois deles em estado grave, segundo confirmou o Ministério da Saúde palestino.

Fontes locais informaram à agência de notícias palestina “Wafa” que um jornalista, Amr Manasra, foi ferido perto do hospital de Jenin por estilhaços de balas das forças israelenses nas costas. Seu estado é estável, segundo as últimas informações.

Entre os mortos estão um cirurgião do hospital de Jenin, Aseed Jabareen, “atacado nos os ao centro médico”, o professor Allam Jadarat e um estudante, que se encontravam em uma escola, relatou o diretor do hospital, Wissam Bakr, citado pelo a agência palestina.

O Ministério da Saúde palestino detalhou os nomes e idades das vítimas, entre os quais estão dois menores (um menino de 15 anos e outro de 16), um jovem de 22 anos, e quatro homens, de 51 anos (o cirurgião ), 48 (o professor), 50 e 53 anos, respectivamente.

O Crescente Vermelho Palestino denunciou que as autoridades israelenses, como habitual, estavam impedindo o o de equipes médicas às pessoas afetadas durante o ataque, que ainda está em andamento.

Segundo a “Wafa”, as forças israelenses invadiram o acampamento de Jenin e entraram com veículos militares blindados em suas centrais, o que desencadeou confrontos armados tanto no campo como em outros bairros da cidade e na aldeia vizinha de Burqin.

O Exército israelense, por sua vez, limitou-se a confirmar a operação em Jenin, que definiu como “antiterrorista”, e disse que em breve oferecerá mais detalhes.

“Estes crimes não vão impedir a resistência do nosso povo e sua persistente busca pela libertação de suas terras, seus santuários e pela conquista de seus direitos nacionais”, disse o grupo islâmico palestino Hamas em um comunicado nesta terça sobre o que considera uma extensão da guerra em Gaza.

Da mesma forma, o grupo censurou a comunidade internacional por “seu silêncio” ao não “condenar as agressões” contra seu povo e por não tomar “medidas dissuasivas” contra Israel para que assuma a responsabilidade de seus “massacres”. EFE