Donald Trump. EFE/Arquivo/CJ GUNTHER

Trump designa “czar das fronteiras” para deportar imigrantes

Washington (EFE).-O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeará Tom Homan, que fez parte da equipe do republicano em seu mandato anterior (2017-2021), como seu novo “czar das fronteiras” para implementar sua dura política de controle da imigração.

“Tenho o prazer de anunciar que o ex-diretor do ICE (agência de Imigração e Alfândega) e defensor ferrenho do controle de fronteiras, Tom Homan, se juntará ao governo Trump para assumir o comando das fronteiras de nossa nação”, anunciou o próprio presidente eleito na noite de domingo, em uma mensagem em sua rede social, Truth.

No anúncio, Trump chama Homan de “o czar da fronteira” e diz que sua política incluirá a defesa da “fronteira sul, da fronteira norte, de toda a segurança marítima e aérea”.

Controle fronteiriço

“Conheço Tom há muito tempo e não há ninguém melhor para guardar e controlar nossas fronteiras. Tom Homan também será responsável por todas as deportações de imigrantes ilegais para seus países de origem. Parabéns ao Tom. Não tenho dúvidas de que ele fará um trabalho fantástico e há muito esperado”, concluiu Trump, que assumirá o cargo em 20 de janeiro.

Em declaração à emissora “CBS” em outubro, Homan disse que as batidas contra imigrantes sem documentos não haviam sido realizadas durante a gestão democrata de Joe Biden e destacou que elas seriam retomadas sob a nova istração.

Homan foi nomeado diretor interino do ICE em 2017 e tem décadas de experiência em fiscalização de imigração. Ele é ex-policial, agente da Patrulha de Fronteira dos EUA e agente especial do antigo Serviço de Imigração e Naturalização.

Homan se junta a nomes já confirmados para integrar o gabinete do presidente, como Susie Wiles, que será sua chefe de gabinete na Casa Branca.

Uma das pessoas que pode ter um papel importante é o homem mais rico do mundo, Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX e proprietário da rede social X, na qual promoveu uma forte campanha a favor do republicano.

Trump ofereceu a Musk o comando de um escritório de “eficiência governamental” com o objetivo de cortar gastos burocráticos e cumprir a meta do republicano de eliminar o que ele chama de “Estado profundo”.

Robert F. Kennedy Jr, sobrinho do ex-presidente democrata John F. Kennedy (1961-1963), um empresário polêmico conhecido por suas posições antivacina, também pode ser escolhido para desempenhar um papel importante na política de saúde do próximo governo de Trump. EFE