Moscou (EFE).- O Ministério das Relações Exteriores da Rússia advertiu nesta quarta-feira que a resposta a uma permissão ocidental para que a Ucrânia ataque alvos em território russo com mísseis de longo alcance será “imediata e destrutiva”.
“A resposta ao uso de sistemas ocidentais de longo alcance em todo o território de nosso país será imediata e destrutiva”, alertou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, em sua entrevista coletiva diária.
Zakharova acrescentou que a Rússia considerará tal autorização como o “envolvimento dos países da Otan em um conflito direto com a Rússia”.
“Isso mudará a essência do conflito e sua natureza, com todas as consequências decorrentes”, concluiu.
Apoio europeu à Ucrânia
O presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, enfatizaram na segunda-feira seu objetivo de fortalecer o relacionamento entre Paris e Londres e reiteraram “sua determinação de apoiar a Ucrânia de forma inabalável e pelo tempo que for necessário para impedir a guerra de agressão da Rússia”.
De acordo com fontes britânicas, durante sua reunião no Palácio do Eliseu, os dois líderes discutiram especialmente a entrega de mísseis de longo alcance a Kiev, em uma tentativa de convencer o presidente dos EUA, Joe Biden, a autorizar esses suprimentos antes de deixar a Casa Branca.
De acordo com publicações da imprensa local, Macron e Starmer também discutiram maneiras de evitar que os EUA cortem sua ajuda militar à Ucrânia depois que Donald Trump assumir o cargo em janeiro.
Na mesma linha, o candidato à chancelaria alemã Friedrich Merz prometeu impor um ultimato de 24 horas ao presidente russo, Vladimir Putin, sobre a guerra na Ucrânia caso seja eleito na próxima eleição da Alemanha, marcada para fevereiro de 2025.
Merz acrescentou que, se a Rússia não atender às suas condições, está preparado para fornecer à Ucrânia mísseis de cruzeiro de longo alcance Taurus e autorizar ataques contra o território russo. EFE