Jerusalém (EFE).- Pelo menos 24 palestinos morreram e outros 71 ficaram feridos na Faixa de Gaza após os últimos ataques lançados por Israel, elevando o total de vítimas desde o início da guerra para 44.235 mortos e 104.638 feridos, segundo informou nesta segunda-feira o Ministério da Saúde do enclave.
“A ocupação israelense cometeu dois massacres contra famílias na Faixa de Gaza, com 24 mártires e 71 feridos nas últimas 24 horas”, detalhou o comunicado emitido pela pasta de Saúde de Gaza.
Além disso, 11 mil vítimas dos ataques israelenses permanecem sob os escombros ou nas estradas, uma vez que as equipes de resgate, desmanteladas após mais de um ano de guerra, não conseguem chegar até elas.
A agência de notícias palestina “Wafa” relatou que os recentes ataques deixaram mais sete vítimas mortais, que não estão incluídas no último balanço de dados, cinco delas na área de Jabalia, no norte do enclave.
As outras duas pessoas, segundo fontes médicas citadas pela mesma agência, morreram em um bombardeio israelense perto da porta principal do Hospital Indonésio em Beit Lahia, também no norte de Gaza.
O norte do enclave permanece sob cerco israelense desde 6 de outubro, e desde então mais de 2.500 pessoas morreram e 6.000 delas ficaram feridas, segundo dados da Defesa Civil palestina.
Crise alimentar
Um grupo de especialistas em crises alimentares das Nações Unidas alertou no último dia 11 de novembro que já poderia estar ocorrendo uma crise de fome no norte de Gaza.
Segundo dados da ONU, Israel negou a entrada de 85% das missões humanitárias destinadas àquela zona do enclave durante o mês de outubro, e detalhou que de 98 carregamentos, apenas nove conseguiram entrar.
O governo de Israel alega que o cerco militar no norte de Gaza apenas visa impedir que a milícia islâmica do Hamas se reagrupe nesta área.
No entanto, um oficial do Exército disse que os habitantes de Gaza evacuados não poderão mais regressar quando os combates terminarem, enquanto alguns dos ministros mais radicais do governo defendem a reocupação do norte de Gaza. EFE