Israel Katz. EFE/Arquivo/Robert Hegedus

Israel diz estar “pronto” para voltar à guerra dois dias antes do fim da 1ª fase da trégua

Jerusalém, 27 fev (EFE).- O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou nesta quinta-feira que o Exército do país está pronto para retornar à guerra na Faixa de Gaza, quando faltam dois dias para o fim da primeira fase do cessar-fogo e ainda sem detalhes sobre a transição para a segunda etapa.

“Queremos trazer os reféns de volta e a maneira mais significativa de continuar é deixar o Hamas saber que as Forças de Defesa de Israel estão prontas para entrar em guerra novamente, e essa é a verdade”, disse o ministro da Defesa em uma conferência diante dos chefes dos conselhos regionais de Israel.

Katz assegurou que as tropas estão preparadas em matéria defensiva, alegando que, “mesmo durante o cessar-fogo”, Israel recebeu relatos de planos de milicianos palestinos para atacar seus soldados e assentamentos de colonos na Cisjordânia.

O ministro também se referiu à presença do Exército no Corredor Filadélfia, faixa de 14 quilômetros que separa Gaza do Egito. Hoje mais cedo, uma autoridade israelense anunciou em um comunicado divulgado à Agência EFE e à imprensa nacional que Israel pretende manter sua presença nesta faixa fronteiriça.

Nesse sentido, Katz declarou que visitou o corredor e viu túneis que levam a Gaza a partir do lado egípcio. “Se não houvesse controle sobre essa rota, nesses 42 dias (a primeira fase da trégua) toda a área estaria cheia de armas”, acrescentou.

“O Exército mantém uma zona de amortecimento definida em Gaza, incluindo posições dentro do território além do que está estabelecido do nosso lado, incluindo o Corredor Filadélfia”, destacou Katz, referindo-se às tropas israelenses em Gaza que estão violando a zona-tampão (com profundidade máxima de cerca de um quilômetro) à qual o acordo de cessar-fogo as relegava.

A esse respeito, fontes de Gaza confirmaram à EFE no dia 21 de fevereiro que uma mulher palestina foi morta a tiros pelo Exército israelense em Rafah, ao sul de Gaza, a cerca de dois quilômetros do Corredor Filadélfia, além da profundidade estipulada para as tropas israelenses no acordo. EFE