EFE/Arquivo/HAITHAM IMAD

Mais de um terço dos mais de 400 mortos nos bombardeios contra Gaza eram menores

Jerusalém (EFE).- Um total de 174 dos 404 mortos contabilizados até agora na onda de bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza eram menores de idade, enquanto 89 eram mulheres, segundo consta em um balanço divulgado à Agência EFE pelo Ministério da Saúde do enclave palestino.

No total, mulheres e crianças são responsáveis ​​por 65% das mortes. Junto com eles, morreram 109 homens e 32 idosos, cujo gênero não foi especificado no número de mortos.

A contagem é baseada no último total disponível, fornecido pelo Ministério da Saúde por volta das 12h (horário local, 7h de Brasília), com 404 mortos e 562 feridos. As instituições palestinas ainda não atualizaram esse número.

Jornalistas palestinos em Gaza, os únicos que reportam de dentro do território, já que Israel não permite o o de repórteres internacionais ao enclave, têm advertido sobre bombardeios contra casas, veículos e aglomerações de cidadãos nas ruas desde o início desta madrugada.

Os ataques israelenses, que encerraram um cessar-fogo de quase dois meses, pegaram a população desprevenida durante o mês sagrado islâmico do Ramadã.

“Aos moradores da Cidade de Gaza (norte), pedimos que doem sangue no Hospital Batista”, solicitou recentemente o Serviço de Defesa Civil de Gaza. No início da manhã, o Ministério da Saúde do enclave já havia alertado que os estoques de sangue estavam acabando e que a população precisava doar “com urgência”.

Um dos últimos ataques registrados por este serviço de emergência deixou um número ainda indeterminado de mortos e afetou um grupo de pessoas que estavam nos portões do Hospital Al Rantisi, também na capital de Gaza. Entre eles estava uma mulher “com necessidades especiais”, sobre a qual não foram fornecidos mais detalhes.

Por volta das 2h19 (horário local, 21h19 de segunda-feira em Brasília), a Defesa Civil de Gaza informou que “ataques esporádicos” de aeronaves israelenses estavam ocorrendo em todo o território.

Um minuto depois, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que suas Forças Armadas estavam atacando “alvos da organização terrorista Hamas”, em um comunicado divulgado por seu gabinete. EFE