Washington (EFE).- A diplomata colombiana Laura Gil foi eleita nesta segunda-feira secretária-geral adjunta da Organização dos Estados Americanos (OEA), tornando-se a primeira mulher a ocupar o segundo cargo mais importante da organização.
Gil, que concorria com a peruana Ana María Sánchez e a guatemalteca Claudia Escobar, foi eleita em segundo turno, obtendo o apoio de 19 Estados-membros, alcançando assim a maioria absoluta.
A colombiana assumirá o cargo para o mandato de 2025-2030, substituindo o belizenho Néstor Méndez, cujo mandato termina em 16 de julho.
Gil ocupará o segundo cargo mais importante da organização, abaixo apenas do surinamês Albert Randim, eleito secretário-geral no último mês de março, para substituir o uruguaio Luis Almagro, tornando-se o primeiro cidadão caribenho a liderar a OEA.
Após a votação desta segunda-feira, a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Laura Sarabia, comemorou a nomeação e enfatizou que a OEA “estabeleceu um marco histórico ao eleger uma mulher para o cargo de secretária-geral adjunta pela primeira vez”.
“É motivo de imenso orgulho, não só para mim, mas para todo o povo colombiano”, comentou Sarabia, que esteve presente na sessão da OEA realizada em Washington.
Laura Gil, de 59 anos, é atualmente embaixadora da Colômbia na Áustria, cargo que ocupa desde 2023, após atuar como vice-ministra de Relações Exteriores para Assuntos Multilaterais no governo de Gustavo Petro.
Nascida no Uruguai e naturalizada colombiana, possui sólida formação acadêmica, experiência em organizações internacionais e presença ativa na mídia, tendo se destacado na defesa dos direitos das mulheres, da comunidade LGBT e dos povos indígenas.
Randim e Gil enfrentarão desafios cruciais, como os fluxos migratórios na região, as crises no Haiti e na Venezuela e o ceticismo do governo dos Estados Unidos em relação às organizações multilaterais. EFE