Vladimir Putin. EFE/Arquivo/MIKHAIL METZEL/SPUTNIK/KREMLIN POOL

Putin diz que poder aquisitivo em Moscou é quase o mesmo que em Nova York

Moscou (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira que, apesar de mais de três anos de guerra, o poder de compra dos moradores de Moscou é quase igual ao dos habitantes de Nova York.

“E o fato de que, em termos de paridade de poder aquisitivo, Moscou ocupe o segundo lugar entre as maiores megacidades do mundo, depois de Nova York, e que a diferença não é tão grande, visa resolver problemas sociais”, disse Putin durante uma reunião com o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin.

Por sua vez, Sobyanin enfatizou que a economia de Moscou, que tem mais de 13 milhões de habitantes, crescerá 5,5% em 2024.

“No ano ado, a economia de Moscou cresceu 5,5%, mas no total dos últimos seis anos, incluindo a pandemia, as sanções e assim por diante, ela cresceu 25%”, destacou.

Sobyanin, que está à frente da prefeitura da capital desde 2010, também ressaltou na reunião a reconstrução da infraestrutura de saúde e o aumento da expectativa de vida dos moscovitas.

“Estamos finalizando o programa de reconstrução dos centros de saúde. Dos 350 centros que tínhamos em condições deploráveis, pouquíssimos permanecerão nessas condições depois de 2024, e concluiremos o programa este ano”, afirmou.

Para Sobyanin, a boa situação da saúde na capital russa se traduziu em um aumento na expectativa de vida, “que agora se aproxima dos 80 anos”.

O prefeito não se concentrou apenas em Moscou, uma vez que também informou sobre os projetos de reconstrução que a istração da capital realizou nas regiões ucranianas de Lugansk e Donetsk anexadas pela Rússia.

“Mais de 2.000 projetos de infraestrutura foram reconstruídos, mais de 1.000 quilômetros de redes de serviços públicos e milhões de metros quadrados de estradas foram reabilitados”, declarou o prefeito de Moscou.

No início deste ano, o líder separatista de Donetsk, Denis Pushilin, itiu a Putin que a reconstrução da capital homônima estava progredindo muito mais lentamente do que o esperado, enquanto a reabilitação da infraestrutura no resto da região prosseguia paralelamente aos combates.

As obras de construção estão particularmente lentas em cidades como Mariupol, que foi tomada há mais de dois anos e meio, o que causou descontentamento entre seus moradores, de acordo com relatos da imprensa independente.

Também foi ressaltado o forte interesse lucrativo das empresas que trabalham na reconstrução dessas regiões, onde plataformas russas colocaram apartamentos à venda em cidades ucranianas que nem sequer foram tomadas pelas tropas russas, e a população local foi expulsa direta ou indiretamente. EFE