Washington (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira que ameaçou interromper as relações comerciais com a Índia e o Paquistão para forçar ambos os países a concordarem com o cessar-fogo que entrou em vigor no final de semana.
Em uma coletiva de imprensa na Casa Branca, o presidente republicano disse que Nova Déli e Islamabad concordaram com uma trégua “por muitas razões, mas o comércio é uma das principais”.
“Eu disse a eles: ‘Vamos negociar muito com vocês. Parem (os combates). Se vocês pararem, faremos muitas trocas (comerciais). Se não pararem, não faremos mais nada'”, relatou.
“E, de repente, eles disseram: ‘Acho que vamos parar'”, acrescentou.
Trump disse que está “muito orgulhoso” por ter impedido o que teria sido “uma terrível guerra nuclear”, na qual “milhões de pessoas poderiam ter morrido”.
O presidente americano garantiu ainda que seu governo já está negociando um acordo comercial com a Índia “agora mesmo” e fará o mesmo “em breve” com o Paquistão.
Além disso, agradeceu ao vice-presidente JD Vance e ao secretário de Estado americano, Marco Rubio, por “trabalharem duro” para alcançar a trégua entre os dois países.
A escalada entre a Índia e o Paquistão, que começou após um ataque na Caxemira controlada pela Índia em 22 de abril, no qual 26 civis morreram, tem sido a crise mais séria entre Nova Déli e Islamabad até agora no século XXI.
A situação foi resolvida com o acordo de cessar-fogo, que foi anunciado inicialmente pelo próprio Trump, que mediou o conflito entre as duas potências nucleares.
Entretanto, na noite de sábado, poucas horas após o acordo, a Índia denunciou violações do cessar-fogo pelo Paquistão.
Nenhum incidente desse tipo foi relatado pelas autoridades indianas na noite de domingo. EFE