Abu Dhabi (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que está disposto a se reunir com Vladimir Putin “assim que pudermos combinar” e disse entender que o mandatário russo não tenha ido a Istambul sem que ele estivesse presente para avançar nas negociações de paz entre Kiev e Moscou.
“Eu iria daqui, embora eu queira ver meu maravilhoso neto”, disse Trump em um evento bilateral com empresas nos Emirados Árabes Unidos (EAU), referindo-se ao fato de que sua filha Tiffany acabou de ter um filho e que ele quer voltar para conhecê-lo.
“Se eu não fosse, era garantido que Putin não iria, e ele não foi. Eu entendo isso, mas vamos fazer isso”, disse Trump, que desde o início expressou seu apoio à facilitação do encontro entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e Putin em Istambul nesta sexta.
No final das contas, Putin, que inicialmente propôs a reunião, não apareceu em Istambul para liderar sua delegação de negociadores, algo que Zelensky fez, que, na ausência do russo, continuou com uma agenda que agora o levou à Albânia.
A ausência de Putin nas negociações demonstra que o maior obstáculo para um acordo de paz na Ucrânia parece ser Moscou, não Kiev, como o presidente americano sugeriu nos primeiros meses de seu segundo mandato, que começou em janeiro.
Trump tentou marcar esse encontro com Putin em Istambul usando sua viagem ao Oriente Médio, que começou na terça-feira, mas disse ontem que isso parecia improvável e que retornaria a Washington hoje.
O republicano afirmou ontem que não haverá progresso nas negociações entre Rússia e Ucrânia para encontrar uma solução para a guerra até que ele e Putin se encontrem pessoalmente.
“Olha, nada vai acontecer até que Putin e eu nos encontremos, ok?”, disse mostrando sua frustração ao ser questionado se ele estava decepcionado com o nível da delegação russa na Turquia.
Durante sua viagem, que começou na Arábia Saudita na terça-feira, Trump chegou a dizer que “poderia” se encontrar com Putin no final de sua primeira viagem ao exterior como presidente e que estavam negociando para organizar as reuniões na Turquia em nível de chefes de Estado. EFE
