MEX581. CIUDAD DE MÉXICO (MÉXICO), 30/09/2024.- El presidente de Colombia, Gustavo Petro, habla durante una conferencia en el Antiguo Palacio de Medicina de la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), este lunes en Ciudad de México (México). El presidente de Colombia, Gustavo Petro, planteó “una revolución mundial” ante la emergencia climática causada por los combustibles fósiles, durante una conferencia en la capital mexicana, donde ironizó con la participación indirecta de la presidenta electa, Claudia Sheinbaum, en la guerrilla del M-19. EFE/ José Méndez

Presidente da Colômbia diz que “ELN escolheu caminho da guerra e terá guerra”

Bogotáv(EFE) – O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse nesta segunda-feira que o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) está se transformando em uma organização “narco-armada” e que a ofensiva que lançou em Catatumbo contra um grupo dissidente das extinta guerrilha Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que já causou mais de 80 mortes, “levará à guerra”.

“O ELN escolheu o caminho da guerra e terá guerra. Nós, o governo, estamos ao lado do povo”, disse Petro em uma mensagem em sua conta no X (ex-Twitter).

“Cabe ao exército atual, o exército da Constituição, salvar e proteger a população de Catatumbo do ELN, seu assassino”, acrescentou.

Essa é a primeira declaração do presidente desde que ele anunciou a suspensão das negociações de paz com o ELN na sexta-feira por causa do que definiu como “crimes de guerra” que o grupo está cometendo em Catatumbo.

Os confrontos nessa região com um grupo dissidente das Farc deixaram cerca de 80 mortos e mais de 20 feridos e forçaram mais de 11 mil pessoas a deixar suas casas.

“O que aconteceu em Catatumbo nada mais é do que outra demonstração da transição de guerrilheiros insurgentes para organizações narco-armadas”, declarou Petro.

O presidente colombiano também disse que o “massacre” que o ELN está cometendo “é perfeitamente semelhante às ações dos grupos paramilitares, quando, liderados por Salvatore Mancuso (ex-líder das Autodefesas Unidas da Colômbia), chegaram à área: massacre de camponeses civis, em um estado de indefesa”.

O presidente prometeu enfrentar o ELN apesar de o Exército ainda não ter conseguido entrar em muitas das áreas rurais onde os guerrilheiros vêm impondo sua autoridade e estão em pé de guerra desde quinta-feira.

O Exército anunciou que enviaria 300 homens para a área, mas o ministro da Defesa, Iván Velásquez, disse no dia anterior que seu foco era levar ajuda humanitária às pessoas que deixaram suas casas e resgatar os líderes sociais ameaçados.

William Villamizar, governador do departamento de Norte de Santander, onde fica Catatumbo, estimou ontem o número de mortos em mais de 80, e o de feridos em mais de 20, embora ainda não tenha sido possível ar todas as áreas onde houve combates.

Por sua vez, o ELN divulgou no domingo um comunicado que diz que cinco das pessoas assassinadas eram antigos dirigentes das Farc que teriam voltado às armas com os dissidentes da guerrilha.

“O alvo de nossas ações é o grupo armado da 33ª frente das ex-Farc, suas milícias armadas e sua estrutura econômica. Portanto, os chamados ‘signatários da paz’ que foram mortos nas operações realizadas não eram civis, mas líderes ativos das milícias e responsáveis pelas finanças da 33ª”, disse a Frente de Guerra do Nordeste do ELN no comunicado. EFE